De acordo com Bernoulli, o ar que passa sobre a asa será acelerado, de forma que chega ao final da asa ao mesmo tempo que o ar flui por baixo. Esta diferença de velocidade do deslocamento do ar gera uma diferença de pressão entre a parte superior e inferior da asa, sendo a maior pressão exercida na parte inferior da asa. Como os fluidos (o ar e a água são fluidos) se deslocam de uma área de alta pressão para uma baixa pressão, e exercida uma força ascendente que sustenta o avião, da mesma forma que o corpo do nadador. Poderíamos então perguntar: como o nadador se utiliza deste princípio,, se não tem asas? A resposta é bem simples. A forma de concha assumida pelas mãos do nadador durante o deslocamento assemelha-se à das asas do avião, se vista de perfil, sofrendo, portanto, os mesmos efeitos.
Abaixo seguem as definições de 3 formas de resistência encontradas pelo nadador, e alguns procedimentos que podem ser adotados para minimizar esta resistência.
Resistência da forma - É, a resistência que o corpo do nadador sofre durante o deslocamento. Movimentações laterais e verticais de quadril, causadas por recuperação inadequada do braço e rolamento errado do tronco e do pescoço durante a respiração, são fatores que rompem o alinhamento do corpo e contribuem para o aumento da resistência
Resistência de atrito - É a resistência oferecida pela superfície áspera da pele do nadador ao deslocamento. A raspagem dos pelos, o uso de toucas de borracha e, no caso dos triatletas, roupa de neoprene, diminuem este tipo de resistência.
Sempre que empurramos a água com as mãos há uma grande perda de energia, e somente uma pequena parte de todo aquele esforço se transforma no mais importante para nós: deslocamento. Desta forma, fica claro que, no treinamento de natação, não basta apenas um bom condicionamento fisiológico para se nadar bem, sendo preciso também uma técnica apurada que permita um bom rendimento. E uma boa maneira de se constatar isso é sentando na borda da piscina e observando o nível de esforço que as pessoas fazem ao nadar. Será que os nadadores mais rápidos estão fazendo mais esforço do que os que nadam mais lentamente? Claro que não! Eles simplesmente são mais eficientes, e é isso que se deve aprimorar no treinamento, a eficiência.
Exemplo: se um nadador deu vinte braçadas para percorrer 25m, seu comprimento de braçada foi de 2,5m, o que caracteriza como um nadador altamente eficiente.
Em resumo, poderíamos dizer que, quanto maior o comprimento da braçada, mais eficiente é o nadador. Então, para melhorarmos isso, ou aumentamos a distância nadada para um mesmo número de braçadas, ou diminuirmos o número de braçadas para uma mesma distância nadada, o que no fundo é a mesma coisa. Como fazer isso? Treinamento técnico, apenas.
Um aspecto fundamental no treinamento técnico, é que não se trata simplesmente de pegar uma pranchinha e sair dando pemadas, ou então braçadas com o uso de um pullbuoy. A primeira coisa a ser feita é saber o que está errado no seu nado, e, a partir dai, escolher o educativo mais adequado para se corrigir o erro. Do contrário, estaremos apenas batendo braços e pernas inutilmente.
Fonte: http://treinamentoemesportes.blogspot.com/
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